ENSP recebe gestores municipais de diferentes regiões do país para oficina e entrevistas sobre uso de tecnologias digitais na gestão do SUS

Por Observatório do SUS (ENSP/Fiocruz)Publicado em 01/09/2025 17:3  Nos dias 27 e 28 de agosto, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) recebeu gestoras e gestores municipais das cinco macrorregiões brasileiras para participar de uma série de entrevistas e de uma oficina sobre o uso de tecnologias digitais na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A atividade foi coordenada por Mariana Vercesi de Albuquerque, pesquisadora da ENSP/Fiocruz, e organizada pelo Observatório do SUS (ENSP/Fiocruz), em parceria com o projeto “Implicações das Tecnologias Digitais nos Sistemas e Serviços de Saúde”, da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, sob coordenação especial ligada à Presidência da Fiocruz, por meio da Iniciativa Saúde Amanhã, dedicada à prospecção do sistema de saúde brasileiro.  O objetivo da série de entrevistas foi registrar, analisar e divulgar experiências relevantes de uso de tecnologias digitais na gestão do SUS, com foco especial na Atenção Primária à Saúde (APS). Para promover trocas e reflexões mais aprofundadas, a programação incluiu, no segundo dia, uma oficina em formato de roda de conversa, oferecendo um espaço coletivo de escuta, diálogo e compartilhamento das experiências municipais no campo da saúde digital.  Para o coordenador do Observatório do SUS e vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP/Fiocruz, Eduardo Melo, a iniciativa reforça o papel estratégico do Observatório. “A agenda de tecnologias digitais tem importância estratégica no contexto mais amplo da digitalização do SUS. Ao acompanhar e dar visibilidade às experiências municipais, o Observatório do SUS cumpre sua missão de contribuir para que a gestão pública de saúde seja fortalecida a partir do diálogo com a academia e com os serviços. Esta oficina representa um dos esforços que temos feito para aproximar esses campos e reforça que a saúde digital é uma das pautas que vêm sendo acompanhadas pelo Observatório.”  Foto: Virginia Damas (ENSP/Fiocruz) Participaram da agenda gestores e gestoras de diferentes regiões do país, como Glória Araújo Pereira, Coordenadora da Rede de Atenção Primária à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande/MS; Gustavo Godoy, Gerente Geral de Saúde Digital da Secretaria de Saúde do Recife/PE; Jane Sescatto, superintendente de Gestão da Secretaria Municipal de Curitiba/PR; Larissa Cristina Terrezo Machado, Superintendente de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro/RJ; Rachel Cristine Diniz da Silva, Gerente de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha/ES; Sanay Souza Pedrosa, Diretora do Departamento de Inteligência de Dados da Secretaria de Saúde de Manaus/AM; e Tatiane Filipak, Secretária de Saúde de Curitiba/PR. O grupo trouxe olhares diversos sobre o processo de digitalização do SUS, tanto pela trajetória profissional de cada convidado quanto pela atuação em diferentes funções de gestão, garantindo a representatividade nacional e enriquecendo os debates.   De acordo com Anamaria Schneider, assessora do Observatório do SUS, a aproximação entre diferentes atores foi um dos pontos mais relevantes. “Iniciativas como esta permitem não apenas conhecer inovações em curso nos municípios, mas também criar espaços de reflexão conjunta, aproximando gestores, serviços e pesquisadores. Esse movimento amplia a compreensão sobre os desafios da digitalização do SUS e fortalece a construção de respostas colaborativas”.  Durante as atividades, os participantes ressaltaram a importância de iniciativas como essa para dar visibilidade às experiências locais e criar um ambiente de troca entre diferentes cidades. Muitos destacaram que espaços de diálogo como o proporcionado pela ENSP permitem aproximar academia, gestão e serviços de saúde, ampliando a compreensão sobre os desafios e caminhos da transformação digital do SUS.  A oficina, realizada no dia 28, buscou refletir sobre o papel das tecnologias digitais na gestão em saúde, os desafios de implementação e sustentação das iniciativas, e a integração dessas experiências às políticas nacionais de saúde digital. Em um ambiente colaborativo, as discussões valorizaram a diversidade de contextos municipais e a necessidade de fortalecer canais de escuta entre os diferentes níveis de governo.  De acordo com Marcelo Fornazin, pesquisador da ENSP/Fiocruz e coordenador do GTISP da Abrasco, “as entrevistas e a oficina foram muito importantes para a gente documentar, dar visibilidade e disseminar boas práticas de uso de tecnologias digitais e inovações de saúde digital na atenção primária e nos municípios do Brasil. Nós percebemos uma efervescência de iniciativas como telesaúde, sistemas de agendamento, redução de absenteísmo, vigilância em saúde e uso de dados para epidemiologia.”  Ele ressalta que muitas dessas iniciativas estão em curso nos municípios, mas ainda sem o devido alcance nacional: “muitas vezes não conseguimos ter a real dimensão de quanto isso está espalhado pelo país. Reunir essas gestoras e gestores para discutir essas inovações permite perceber esse movimento e fortalecer, cada vez mais, o protagonismo dos municípios na área de saúde digital.”  Foto: Divulgação (ENSP/Fiocruz) Além da troca de conhecimentos, a atividade também promoveu conexões entre os participantes, que relataram sair do encontro motivados em continuar o diálogo iniciado na ENSP.  Na avaliação de Mariana Vercesi de Albuquerque, pesquisadora da ENSP/Fiocruz e coordenadora da atividade, “os municípios estão liderando experiências importantes de uso de tecnologias digitais na gestão do SUS. Queremos enxergar, com amplitude e profundidade, o que está acontecendo hoje a partir dos municípios e precisamos dar visibilidade a essas experiências. A oficina constituiu um espaço privilegiado de diálogo e troca de aprendizados entre gestores e acadêmicos. Os resultados permitirão elencar grande parte das questões estratégicas e dos pontos críticos que permeiam o uso das tecnologias digitais no SUS, com foco na gestão do sistema. Os aprendizados podem apontar caminhos para inspirar outras experiências e colaborar com a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil e com o Programa SUS Digital. Todos ressaltaram a importância do Observatório do SUS ao dar espaço para a divulgação das experiências municipais, por meio das entrevistas com cada convidado e do relatório síntese da oficina.”  As entrevistas em vídeo e materiais de acesso aberto serão publicadas em breve pelo Observatório do SUS, ampliando o conhecimento sobre as experiências em saúde digital desenvolvidas em diferentes municípios do país.  Em outubro de 2024, o Observatório do SUS, em parceria com a equipe do projeto “Implicações das Tecnologias Digitais para o Sistema de Saúde”, da Iniciativa Saúde Amanhã/ Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, também promoveu …

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https://efa2030fiocruz.org/wp-content/uploads/2025/07/A-Fiocruz-segue-empenhada-em-alcancar-as-metas-e-diretrizes-da-Agenda-2030.-Iniciativa-global-q.mp4Por Comunicação EFA 2030Publicado em 24/07/2025 A Fiocruz, segue empenhada em alcançar as metas e diretrizes da Agenda 2030. Iniciativa global que propõe objetivos e metas interconectadas nos âmbitos social, ambiental, econômico e institucional, para construir um futuro mais sustentável para o mundo. Um exemplo claro desse compromisso é a decisão da instituição de utilizar 100% da sua energia elétrica a partir de fontes renováveis, proveniente de fontes como a solar e a eólica. Essa ação se refere diretamente ao ODS 7: Energia Limpa e Acessível, cujo principal objetivo é garantir o acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos. Com esta mudança, a Fundação já evitou a emissão de mais de 7 mil toneladas de CO₂ equivalente desde 2024. A mudança precisa começar em algum lugar, e o caráter inovador e pioneiro da Fiocruz a mantém na vanguarda desse movimento transformador. https://www.instagram.com/reel/DMfj0ItM2Lg/?igsh=MTBlOG82ZHlvZGMybA==

A missão de hoje é salvar o amanhã!

O IV Fórum Terra 2030 está chegando! 21 de maio, das 08h30 às 17h30, vamos reunir jovens de todo o país para discutir um dos temas mais urgentes da atualidade: O papel da juventude no enfrentamento da crise climática! Na programação, você vai encontrar: Crise climática e seus impactos globais e locais Protagonismo juvenil na construção de soluções sustentáveis Cooperativismo como modelo econômico e social alternativo Inovações e ações territoriais sustentáveis desenvolvidas por jovens Ativismo digital, jornalismo socioambiental e economia circular. O evento será híbrido, com participação presencial no auditório da ESPM Rio e transmissão online. Venha entender o protagonismo da juventude nas transformações sustentáveis! Inscreva-se agora: https://efa2030fiocruz.org/forumterra2030/ Vamos juntos por um futuro mais justo e sustentável! Organização: Fiocruz (EFA 2030), ESPM e UNFPA.

Rumo À COP30, Fiocruz Terá Centro de Clima e Saúde Na Amazônia

PorVanessa Oliveira, do Um Só PlanetaPublicado em 14/04/2025  A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), instituição de pesquisa e desenvolvimento em saúde pública ligada ao Ministério da Saúde, pretende lançar até o fim do ano um centro de pesquisa em clima e saúde na Amazônia. O espaço, que será instalado nas dependências da unidade da instituição em Rondônia, vai estudar a conexão entre a emergência climática, dinâmicas socioambientais da região e saúde pública. Segundo Paulo Gadelha, doutor em saúde pública e coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, o objetivo do Centro de Saúde e Clima em Rondônia é criar um espaço que integre a expertise da Fiocruz com as necessidades regionais, especialmente em relação aos efeitos climáticos e ao desmatamento. “O centro vai abordar questões de saúde, iniquidade e os desafios enfrentados pela região amazônica, promovendo uma interação entre o conhecimento tradicional das comunidades locais e o conhecimento científico no contexto da emergência climática“, disse ao Um Só Planeta do jornal O Globo. Com isso, o centro pretende ser um ponto de referência para iniciativas de vigilância em saúde e pesquisa, com foco na realidade dos territórios amazônicos e na identificação de mecanismos que ajudem a lidar com os agravos de saúde relacionados ao clima. A ideia é apresentar os principais eixos de atuação e lançar oficialmente o centro em Rondônia na COP30, a reunião da ONU mais importante sobre mudanças climáticas, que ocorre em Belém, no Pará, em novembro. Gadelha participou na manhã desta quarta-feira da conferência Foecasting Healthy Futures Global Summit, no Rio de Janeiro, que busca angariar propostas dos participantes que possam influenciar diretamente a agenda de negociações da COP30. Em sua fala, o especialista mostrou como o papel do Fiocruz no enfrentamento das mudanças climática no Brasil é multifacetado e envolve diversas iniciativas. A instituição tem buscado cada vez mais integrar a saúde pública com as estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. “Não é possível pensar nisso como uma área separada, isolada”. Segundo ele, as mudanças climáticas são a maior ameaça global à saúde humana e “a conexão entre as duas agendas é imperativa”. Ele também ressaltou que a crise climática e suas consequências exacerbam problemas sociais, como pobreza e desigualdade. A Fiocruz implementa programas de vigilância em saúde que permitem identificar ameaças climáticas em diferentes territórios e promove soluções ligadas a tecnologias sociais, além de colaborar com outras instituições e autoridades de saúde, tanto no Brasil quanto internacionalmente, para enfrentar os desafios da crise do clima. Gadelha também discutiu a relação entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e o aquecimento global, enfatizando que é “cada vez mais inútil discutir planos de desenvolvimento e políticas climáticas separadamente”. Para o especialista, a agenda dos ODS deve estar “no centro de todas as políticas e planos para combater a mudança climática”. “Apenas 23 de 173 Contribuições Nacionalmente Determinadas já mencionaram explicitamente os ODS, o que indica um desafio significativo na implementação dessa conexão”, ressaltou, defendendo que mais países signatários do Acordo de Paris incluam os ODS da ONU em seus planos nacionais de combate à emergência climática. Foi nesse sentido, inclusive, que a Fiocruz estabeleceu em 2017 a “Estratégia do Fiocruz para a Agenda 2030”, visando conectar seus programas e redes com os objetivos de desenvolvimento sustentável, com o objetivo de abordar essas questões de forma integrada para promover um futuro mais equitativo e sustentável.

Sarau: Saúde Em Cena, Na Fiocruz Mata Atlântica, Terá Como Foco a Juventude

PorIsis Breves (CFMA)Publicado em 09/04/2025 Em sua terceira edição, o evento Sarau: Saúde em Cena 2025, promovido pela Fiocruz Mata Atlântica da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), abre as portas para as comunidades do território da Colônia Juliano Moreira e entorno no próximo sábado (12/4). Esse ano o evento é ainda mais especial, pois foca nas atividades realizadas por jovens bolsistas da FMA (bolsas patrocinadas pela Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 – EFA2030), indicados por movimentos sociais, para o acompanhamento e desenvolvimento de atividades para a prevenção e promoção da saúde junto com o Escritório Técnico de Saúde Humana da FMA. Com foco na juventude, a programação contará com apresentações culturais, vacinação, a presença do Zé Gotinha, trilha interpretativa, oficinas, feira para geração de renda, circuito literário, oferta de Práticas Integrativas de Saúde (PICs) e outras atrações. A atividade ocorrerá das 10h às 16h, no Pavilhão Olympio da Fonseca (antigo Pavilhão Agrícola) do Campus Fiocruz Mata Atlântica, e tem como objetivo o fortalecimento do SUS em territórios com vulnerabilidade social, enfrentando as iniquidades em saúde para a melhoria dos Determinantes Sociais da Saúde. O evento contará com ações integradas, intersetoriais e territorializadas em parceria com os dispositivos públicos de saúde, assistência social, educação, cultura e incentivo à participação das comunidades locais nos processos construtivos. As ações também têm o objetivo de promover uma relação de reconhecimento, de resiliência do SUS e de suas ressonâncias em saúde, com os viventes do evento, proporcionando articulações comunitárias e protagonismos coletivos neste território. A vacinação é um ponto forte do evento. O Sarau foi estruturado com as mais diversas expressões do território, cultural e de serviços, e destaca em sua composição ferramentas importantes de Promoção da Saúde, que podem articular trocas entre seus atores, como o Palco Cultural e o Espaço Literário. Outra novidade é a oferta das Práticas Integrativas de Saúde (PICs). Além das atrações culturais haverá produtos da agricultura familiar e/ou produzidos no território e artesanatos. Os serviços contaram com participações científicas e lúdicas com temas de saúde, de vários parceiros da Fiocruz e os serviços dos dispositivos atuantes no território, como o Cras Machado de Assis, a Clínica da Família Arthur Bispo do Rosário, o Centro Municipal de Saúde Santa Maria, o Movimento Morhan, o Sesc entre outros. O evento é gratuito e aberto ao público de todas as idades. O Campus da FMA tem estrutura física que valoriza a participação de PcD.